O Poeta Mórbido
autoria: Elizeu Braga
O poeta atira as armas alheias,
pronto o reino inimigo esta tomado
O Poeta Mórbido não chora
O caminho para liberdade esta cheio de bárbaros
E é inútil prosseguir viagem.
Desce a escuridão sobre os homens,
A tua eterna lanterna de luz roxa ilumina os passos agora…
Para onde vamos?
O que será de nós, se o poeta nos deixar
aqui nessa cidade tomada pela ganância e pelo ódio?
Não precisamos de votos!
Não precisamos de velas!
Neste momento de desespero e agonia
os versos mortos do poeta ganham vida,
ganham formas, viram flores que são entregues na hora do almoço.
Os soluços param as estrelas,
Os bárbaros abandonam a cidade,
As armas são recolhidas à mão.
O poeta não chora,
O poeta não mija,
O poeta não voa,
O poeta só fuma…
(Elizeu Braga)
Notas:
- Poema declamado e editado por Laura.
- Compositor: Neun Welten
- Música: Valg