Stefanie, no hay dolor mas atroz que ser feliz,
decías anoche ouve-me, por favor, bésame aquí.
Stefanie, sé que tu corazón fala de mim
y eso es dolor, Stefanie.
Stefanie, yo ayer estaba solo y hoy también
pero en mi cama ha quedado el perfume de tu piel.
Te veo salir, correr por el pasillo del hotel,
la vida es cruel, Stefanie.
Stefanie, hay una sombra oscura tras de ti;
de tu ternura, recuerdo la mirada azul turquí,
los pies calientes, tus palabras de amor en portugués,
pero no a ti, Stefanie.
Stefanie, hazme saber si va a sobrevivir
entre la gente, el color de tu pelo, Stefanie.
Debes vivir la soledad que sales a vender
sé más mujer, Stefanie.
Stefanie, yo tampoco te quiero, mas tu amor
por el dinero ha olvidado al obrero y al señor;
esta canción que pregunta por ti, que no ha dormido,
es puro olvido, Stefanie.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as coisas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem.
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas coisas como presentes; quero pensar nelas
como coisas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
Não me basta pensar,
Sem estar presente
Nesse aqui agora.
Porque não se deve
Excluir momentos
Que já não nos pertencem
Para esse agora suportar
Toda imensidão que é
Viver e ser alguém
Melhor gradativamente
Sem vaidade e aparência
Sem tratar como coisa qualquer
A experiência – memória – realidade
Para que a inconsciência deixe
Em paz aqueles que não
Sabem o que fazem
E continuam fazendo
Sem se dar conta
Cabe a nós o despertar
De uma consciência ativa
Capaz de mobilizar o ser humano
Chocar os chefes do novo mundo
Que representam os próprios slogans
Exaltando a força
Os conflitos armados
Mas que esse agora
Esteja acessível
Nessa evolução que
Devemos suportar.
Casi todas las veces
Conozco tu ternura
Como la misma palma de mi mano.
A veces entre sueños la recuerdo
Como si ya la hubiese perdido alguna vez.
Casi todas las noches
Casi todas las veces que me duermo
En ese mismo instante
Tú con tu suave abrazo me confinas
Me rodeas
Me envuelves en la tibia caverna de tu sueño
Y apoyas mi cabeza sobre tu hombro.
Despertou do torpor ritualístico ao qual estava encarcerado. Pensou nos aspectos mais importantes de sua condição, naquelas pequenas coisas triviais aos quais os repugnantes humanos não se dão conta. Primeiramente pensou seu sistema circulatório, alongou-se, retirando-se da letargia, daquele rigor mortis. Tudo estava nos detalhes. Pensou em batimentos cardíacos, 60 batimentos cardíacos por minuto em situação de repouso, 130 batimentos por minuto em situação de esforço. Lembrou-se de respirar, num mesmo ritmo sistólico e diastólico. Poucos eram os artistas capazes de lembrar todas as sutilezas da existência humana, era uma arte que apenas algumas pessoas ligadas à tanatologia poderiam apreciar.
Cada pequena micro ação, micro função, cuidadosamente calculada pelo córtex frontal, a quantidade exata de força aplicada aos músculos, o peso correto sobre os ossos e ligamentos, tudo equilibrado e quantificado. Um esforço constante para manter o rebanho seguro de suas crenças e não chamar a atenção indevida. Tal esforço não seria nada se o toque final fosse mal feito, os olhos…
Os malditos olhos eram a parte mais complicada de toda arte. E ele como um ourives criava os olhos mais belos que se podia criar, dominava a arte como nenhum outro era capaz de fazer. Os poucos de sua espécie iam até ele para aprender a disfarçar os olhos tão bem como o que ele fazia. Mas sua arte era muito requintada, não era apenas cor, brilho e sangue. Seus olhos demonstravam alma…
Os olhos que conseguia fazer para si deixariam Michelangelo envergonhado de sua Pietà. Era um grande artista, um grande artista das sombras, um verdadeiro marginal na terra de Nod. Todo esse trabalho artístico jamais poderia ser apreciado, ninguém jamais saberia o esforço hercúleo para humanizar-se e o quão repugnante era misturar-se com o esses seres de barro, lama e fezes.
Éramos faraós e um dos nossos se deixou enganar por truques e palavras de um charlatão! Éramos incubus e sucubus, éramos Itzamna, Hunhunahpu, Hunbatz, Hunchouen; éramos os governantes deste mundo. Então pensamos que não era o bastante. Queríamos mais… Queríamos a própria humanidade, sua estupidez, ignorância, luxuria e excrescência. Não nos bastávamos. Não. Tínhamos que nos rebaixar mais. De deuses passamos aos sábios, de sábios passamos a filósofos, de filósofos a políticos, de políticos a professores, e de professores a mitos. Escondemo-nos tanto. Fingimos tanto, que já não sabemos quem somos. Tão perdidos como o rebanho…