Antipatia
autoria: Poeta Bastardo
Não
precisa
sorrires
que
quando
chegas
com humor de poucos amigos
dizendo
tudo
que
é preciso
sem dizer nada
e
derrubando
bestas
e
moinhos
com teu levantar de sobrancelha
já se
faz presente
um sorriso
oculto
que
quando
envenena
o
povo vivo
com teus
ditos
e não
ditos
com teus
olhares
inau
ditos
e
transforma
em
flor murcha
os momentos mais comuns
que antes eram só
data
velha
em calendário
e me
dá vontade
de acolher
sem vento
e
deslize
essa flor
venenosa
e
obtusa
em minha memória
de lobo velho
sem sorriso
sem palavra
só uma lembrança
sem
vida
a flutuar
no meu pensar
de fim de tarde
em teus contornos
de lábios
e em tua fúria
devastadora
destruindo o mundo
e acalentando minhas mágoas.
(Poeta Bastardo)