Sobre
O Poiesis e Aisthesis nasceu em 2003 como presente de aniversário (10 de fevereiro) para uma amiga poetisa. E percebendo que a poesia foi relegada a ocupar os menores espaços e prateleiras, decidi por reativar este espaço de reestruturação significante.
Poiesis e Aisthesis foi finalmente disponibilizado em 18.01.09, ainda como um protótipo, mas já como espaço para a estruturação significante, pensando em duas esferas: poiesis e aisthesis. E por fim, em 26.04.11 o Poeta Bastardo veio abrilhantar o espaço com mais estruturações significante.
Palavras do Mórbido:
Vivemos tempos sombrios! Nesse aspecto resgato a poiesis – palavra de origem grega que significa inicialmente criação, ação, confecção, fabricação e depois terminou por significar arte da poesia e faculdade poética. Não apenas no sentido de poesia, mas no conceito de criação artística. E a aisthesis – a concretização de uma ideia transcendente, de um significado que só pode ser gerado pela Poiesis. No sentido aristotélico, poiesis é o prazer que o sujeito tem diante da obra, que corresponde à visão de Hegel sobre à arte, segundo a qual o indivíduo pode “sentir-se em casa no mundo” pela criação artística.
Aisthesis, seria prazer estético, no sentido aristotélico da estética como disciplina autônoma. Para Jean-Paul Sartre é a “densidade do ser”. Legitima-se, assim, o conhecimento sensível diante da primazia do conhecimento conceitual. Unindo as duas para obter a Katharsis – o prazer dos afetos provocados pela poesia capaz de fazer o observador mudar suas convicções dos interesses práticos e de sua implicações, a fim de levá-lo ao encontro com a liberdade estética.
Poeta Mórbido
Vidente, filósofo e feiticeiro, assim é o poeta: vê o invisível, conceitua o inconcebível e forja o impossível. O Poeta Mórbido segue vendo, conceituando e forjando, dividindo seu tempo entre a literatura e a psicologia esquizoanalítica, entre o existencialismo e as séries de TV e filmes. Por fim, o antagonismo entre a paranoia da nossa sociedade e o esquizoidismo que busca a plena satisfação do desejo!
Palavras do Bastardo:
Vivemos um tempo sombrio. Como diz Alan Moore: “presos à um modelo”. Condicionados a morais, regras, modas e princípios decadentes e doentes, caminhamos por uma existência quase irreal; preconceituosa, capitalista e superficial. A arte, o pensamento e a ciência, hoje sem ousadia e sem profundidade. Presos a regionalismos, à tendências e à forças econômicas (respectivamente), mas assim como acontece em vários períodos da história da humanidade, há pequenos grupos que representam a resistência.
Não como qualquer alcunha que uma opinião ou um certificado possa indicar, mas como pensador livre e escritor, em 2009 criei um protótipo para análises e debates sobre poesia e pensamento – Casa das Ideias -, que não vingou por falta de tempo de seu criador. Mais tarde em 2010, já com tempo disponível, criei o “Um intervalo na Eternidade” – nome em homenagem ao poema ‘Poeta Nocaute” de Murilo Mendes -, com objetivo de expor pequenos artigos, disponibilizar livros, e imagens; e principalmente para divulgar literatura e poesia, tendo como fonte desde produções minhas como de convidados e autores renomados (desconhecidos porém fabulosos). Em 14.05.2010 publiquei “Castiçais”, sendo meu primeiro post do site que vigora até hoje.
Com a boa conversa com o amigo Poeta Mórbido, recebi o convite para participar como administrador do Poiesis e Aisthesis, e honrado aceitei o convite, onde procuro ajudar o máximo possível na existência desse projeto de Estruturação Significante. E pouco a pouco, aqui surgirão novidades e produções de alto nível para aqueles que acessam.
Poeta Bastardo
Filho do absurdo, das lutas de classe, dos poemas de amor perdidos e das conversações sobre átomos, galáxias e fenômenos humanos, o Bastardo caminha sobre essa linha tênue e apática que é a existência. Essência áspera de tudo que é antagônico à hipocrisia, futilidade e absurdos gloriosos que o bicho homem cria e vive nesta cúpula da pós-modernidade. O Bastardo não é filho de Deus, nem do Homem. E com sua pena de abutres esfomeados ele espalha seus espinhos incolores sobre o mundo monocromático.