A Cristandade


Padre açúcar,
Que estais no céu
Da monocultura,
Santificado
Seja o vosso lucro,
Venha a nós o vosso reino
De lúbricas mulatas
E lídimas patacas,
Seja feita
A vossa vontade,
Assim na casa-grande
Como na senzala.
O ouro nosso
De cada dia
Nos dai hoje
E perdoai nossas dívidas
Assim como perdoamos
O escrava faltoso
Depois de puni-lo.
Não nos deixeis cair em tentação
De liberalismo,
Mas livrai-nos de todo
Remorso, amém.

(José Paulo Paes)



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Categoria: Poesia |
| Postado em: 30.08.11

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